Em Paris, é obrigatório ir à Torre Eiffel. Em Londres, o visitante não pode perder o Big Bang. Em Nova York, todos sobem no Empire State Building. Mas, em Dublin, a coisa mais típica que se pode fazer é pedir um “pint” (cerca de 568 ml, ou pouco mais de meio litro) de cerveja Guinness em um pub local, onde o turista vai saborear a bebida enquanto os moradores locais ficam observando à espera de sua reação.
Milhões de cervejeiros de todo o mundo farão precisamente isso em um dia no último decêdio de setembro, às 17h59 (hora local, no Brasil 13h59): erguerão um brinde e gritam “To, Arthur!”, para homenagear o primeiro “pint” da cerveja Guinness, que, na época, ele havia fermentado há quase 300 anos de forma “CIGANA”.
Desde 2009, a @Guinness comemora o aniversário de seu fundador, Arthur Guinness. Sua data de nascimento sempre foi motivo de especulação, nem o ano era certeza, mas a marca resolveu definir: 24 de setembro de 1725.
Considerada uma das cervejas mais amadas do mundo, a Cerveja Guinness é um sucesso absoluto e também um dos cases mais poderosos de marketing de todos os tempos.
Segundo o site Irish America (@irishamerica), a comemoração deste ano de 2023 na Irlanda se dará no dia 28 de setembro. Comemorando assim, o Arthur Guinness Day, ou seja, o Dia Internacional da Guinness. A data, feita para homenagear o criador e seu rótulo irlandês. E é comemorada mundialmente.
Como essa data estava próxima das comemorações do Ano Novo, decidiu-se celebrar o lançamento da cerveja Guinness em Setembro. Não é uma comemoração pequena, quando se leva em conta que dois bilhões de “pints” da cerveja são vendidos todos os anos em mais de 150 países diferentes.
Eventos que Arthur Guinness jamais teria imaginado, mesmo em seus sonhos mais delirantes, quando, em 31 de dezembro de 1759, assinou um contrato de arrendamento pela cervejaria decadente de Dublin, desde que não tivesse de desembolsar dinheiro para comprá-la. O preço: 45 libras por ano durante 9 MIL ANOS de sua “Porter Stout” (sim, naquela época era chamada assim), na Cervejaria St. James’s Gate em Dublin, na Irlanda. Então começou a produzir sua cerveja. – a maior barganha imobiliária desde que o explorador holandês Peter Minuit adquiriu Manhattan por meros 24 dólares.
Os termos do arrendamento concederam-lhe o uso de um fornecimento limitado de água, e quando a Dublin Corporation tentou cortar o fornecimento devido ao uso excessivo, está escrito que ‘o Sr. Guinness avançou violentamente sobre eles, arrancando uma picareta de um deles e declarando com muito imprópria linguagem, que eles não deveriam prosseguir”.
Arthur Guinness foi o primeiro de uma longa linha de Mestres Cervejeiros do Guinness e a arte de fabricar cerveja na Cervejaria St. James’s Gate foi transmitida de geração em geração. O próprio Arthur provavelmente desenvolveu sua paixão pela cerveja com seu pai, Richard, que era considerado o responsável pela fabricação de cerveja na propriedade de Celbridge do Dr. Arthur Price, mais tarde Arcebispo de Cashel.
Arthur Guinness era um rico protestante com pouca experiência em bebidas, sempre inclinado para ações sociais a sua cidade. Ele passou a ser um defensor dos direitos humanos e criou conjuntos habitacionais para os pobres marginalizados de Dublin. A Guinness ainda apoiou tropas irlandesas nas duas guerras mundiais e garantiu emprego aos trabalhadores após retorno, além de ajudar suas famílias com um salário mensal enquanto estivessem fora. Arthur, tinha visão e seu espírito empreendedor estava em outro nível.
Um brinde à memória de Arthur Guinness! Saúde! Ou, como dizem os irlandeses, Slainté